março 27, 2006

A rapariga do 31!

"...Sometimes there's so much beauty in the world I feel like I can't take it..."

Trocado por miúdos isto é qualquer coisa como, às vezes vemos tanta beleza junta que até dói!! E hoje doeu-me!! Numa cidade como Lisboa é enorme a quantidade de gente bonita, mas hoje...hoje doeu-me!! Na carreira do 31 que diariamente faço, hoje entrou algo parecido com um anjo! Naquele momento parece que tudo parou à volta! Fiquei pura e simplesmente sem reacção a contemplar algo que de tão belo que...até doeu! No outro dia li algures que há duas mulheres na vida de cada homem: a mulher dos nossos sonhos e a mulher da nossa vida!! A mulher da minha vida ainda não se cruzou comigo (digo eu!!...) mas a mulher dos meus sonhos...vi-a hoje! Uns olhos verdes lindíssimos, cabelo comprido apanhado de forma a fazer um rabo de cavalo. E pouco mais sei dizer, porque...enfim..ela esteve no autocarro apenas alguns minutos, mas o suficiente para eu ficar sem palavras! Espero, quem sabe conhecê-la...

março 21, 2006

"Colisão" por Lauro António

"..."Crash" arranca de forma obssessiva, oferecendo um retrato absolutamente traumático da vida actual na sociedade norte-americana, particularmente na cidade de Los Angeles. É a visão apocalíptica de uma sociedade pós "11 de Setembro" gravemente doente, com a desconfiança a assomar a cada esquina, o racismo a explodir à mais pequena contrariedade, a violência a invadir cada centímetro da estrada, da casa, do jardim. Uma personagem dá a explicação metafórica, logo no início:

Em LA ninguém te toca. Nas outras cidades, caminhas pelas ruas e és tocado pelas outras pessoas. Aqui estás sempre por detrás de metal e vidro. Necessitamos muito desse toque, desse choque humano que nos faz sentir alguma coisa.

Após um acidente de automóvel, em consequência do qual aparece morto um jovem negro, as situações e personagens vão surgindo numa listagem de paranóia que inquieta até ao desespero. Etnicamente, há um pouco de tudo, e ninguém aceita o vizinho por ser "diferente" ou não falar correctamente o "americano". Há os jovens negros que não toleram os "brancos" e explicam que os autocarros têm janelas grandes para humilharem os "negros" que vão lá dentro; são eles que atacam o casal branco (Brendan Fraser e Sandra Bullock) ou atropelam um chinês, que transacciona "carne branca". Sandra Bullock não acredita na honestidade do serralheiro mexicano que lhe muda a fechadura de casa, grita-o bem alto à frente deste, que , momentos depois, é igualmente agredido por um iraquiano, tomado por árabe, dono de um pequeno comércio que é assaltado, e se vinga no homem que não lhe quis mudar a fechadura, por achar que a porta não aguentava a operação. Há um realizador de TV mestiço que é "assaltado" por dois polícias brancos, numa rusga de rotina, e vÊ a mulher ser sexualmente molestada pelo polícia "racista" (Matt Dillon), perante o olhar aterrado do colega deste que se recusa a voltar à vigilância de rua com ele, mas acabará por protagonizar um caso ainda mais grave, por medo, por paranóia, pela criação de um clima colectivo de psicose pura. Depois há os jogos de poder, a hierarquia policial, os insteresses políticos, o inspector (Cheadle),com um irmão drogado e uma mãe de rastos...O ambiente assemelha-se muito à antecâmara de uma guerra civil, com intolerâncias de parte a parte, brancos contra negros, iraquianos contra hispânicos, negros contra chineses, chineses explorando coreanos, um nunca acabar de azedumes e ressentimentos intimamente armazenados q1ue explodem à mais pequena faísca Uma humanidade raivosa e perdida?

Ora aí dá-se o volte-face de "Colisão". Quando o espectador começa a desacreditar do Homem, ou da honestidade do filme, este muda de registo, tal como cada personagem o pode fazer no seu dia-a-dia, e descobre o outro lado desta Humanidade complexa e contraditória que tem dentro de si os genes do Bem ou do Mal. O mesmo polícia "racista" é capaz de arriscar uma vida por uma mulher negra, o polícia "bom" afinal também se pode contagiar pelo terror quotidiano. O que está doente não são os homens, é esta sociedade que, em lugar de enaltecer e favorecer o que de melhor há dentro de cada um, se apraz em trazer ao de cima o que de mais primário e selvagem há no ser humano.

É evidente que, se lido doutra forma, este filme pode ser perigoso, desculpabilizando os actos individuais com base numa explicação colectiva: não há nada a fazer, o homem é mesmo assim, tão depressa é um assassino como um anjo. Mas o que julgo estar mais certo como interpretação é uma crítica a um sistema político, social, económico e educacional que condiciona desde criança cada um de nós, incutindo o medo, colocando na mão de cada cidadão uma arma de defesa pessoal e, na cabeça, uma sinalização de intolerância que instiga à violência. São preconceitos e ideias feitas que fazem de cada um de nós potenciais perigos para os outros. O que fica exemplificado de forma notável numa conversa entre um produtor branco e um realizador negro, quando o primeiro pede para repetir uma cena porque uma personagem negra não falou suficientemente "à preto", esquecendo-se que tem à sua frente um negro que afinal, não fala à "preto".

Refira-se ainda a excelência de toda a representação, com particular destaque para Matt Dillon, no polícia racista que tem em casa um pai doente a que se dedica com carinho, e a quem a indiferença dos serviços de saúde revolta. A revolta e a raiva coabitam diariamente com estes seres frágeis que querem demonstrar uma força que não têm e apenas revelam as fraquezas de que estão possuídos."

março 14, 2006

"As Pontes de Madison County" - o livro

"...Num mundo cada vez mais insensível, todos vivemos cobertos por carapaças contra a sensibilidade. Não sei bem onde acaba a grande paixão e começa o sentimentalismo. Mas a nossa tendência para a ridicularizar aquela e para classificar como piegas sentimentos genuínos e profundos, dificulta a entrada no campo da delicadeza, tão necessário para compreender a história de Francesca Johnson e Robert Kincaid.
...Se, contudo, abordarem o que se segue renunciando momentaneamente à incredubilidade...estou certo de que sentirão o que eu senti. Nas zonas indiferentes dos vossos corações, poderão encontrar, tal como Francesca Johnson, um lugar para voltar a dançar."

Robert James Waller


A sua leitura é obrigatória. Posteriormente, o filme para sonhar e como diz o autor, voltar a dançar..

março 09, 2006

Nouvelle Vague "In a Manner of Speaking"

Fantástica!! aqui fica o mp3 e a letra..

In a Manner of speaking
I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing

In a manner of speaking
I don't understand
How love in silence becomes reprimand
But the way that i feel about you
It's beyond words

Oh give me the words
Give me the words
but tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking
Semantics won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel
Might have to be sacrified

So in a manner of speaking
I just want to say
That just like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing.

Oh give me the words
Give me the words
but tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

Oh give me the words
Give me the words
but tell me nothing
Ohohohoh give me the words
Give me the words
That tell me everything

março 07, 2006

E hoje..qual é a desculpa??

E a melhor equipa seguiu em frente!! A precisar de ganhar por 2 em Barcelona, o Chelsea entrou a jogar como sempre o faz, a jogar no erro do adversário sem arriscar nada!! Mourinho ainda perdeu a cabeça na 2ª parte ao meter Crespo, mas tirou...Drogba!! Jogou 11 contra 11 como ele tanto pediu, teve um penalty inventado a favor no último minuto e..foi eliminado! Este ano não houve golos irregulares de última hora e foi o que se viu...

Deixa lá que pró ano há mais!

março 06, 2006

and the Oscar goes to...


E a surpresa ficou para o fim!! Aquele que eu já anunciava desde Junho do ano passado como o provável filme do ano de 2005...foi mesmo!! Contra todos os prognósticos, ganhou o Óscar de "Melhor Filme", juntando ao de "Melhor Argumento Original" e "Melhor Montagem", perfazendo assim um total de 3 e sendo o vencedor da noite! Também com 3 Óscares ficou outro dos grandes filmes do ano, Brokeback Mountain. King Kong e Memórias de uma Gueixa também levaram 3 estatuetas para casa, ainda que em categorias secundárias. Quanto ao vencedor, pouco tenho a acrescentar aquilo que disse na altura neste mesmo blog! É um dos melhores filmes de sempre..


Relativamente ao meu post anterior, das previsões, e apenas como curiosidade fica o meu acerto em 13 das 24 categorias, sendo que a fé que tinha neste filme acabou por sair acertada!..

março 03, 2006

Previsões...ou não!!

E é já na noite de domingo para segunda que são entregues os Óscares!! Aqui ficam as minhas previsões, algumas das opções seguiram aquilo que quero que aconteça e não tanto aquilo que penso que irá acontecer, mas pode ser que haja surpresas..


Fazendo contas e seguindo as minhas apostas a noite ficaria com a seguinte distribuição de Óscares..

Crash - 5
Brokeback Mountain - 4
Walk the Line - 3
Good Night and Good Luck - 0
Munich - 0
Capote - 0

Segunda-feira por volta das 5 da manhã saberemos!